(…) Kaffe Matthews, DJ Olive e Ikue Mori, entre outros, colaboram em faixas de Gaze. Estão lá, mas invisÃveis. Contudo, são presenças essenciais, porque é essencial este processo de falsa neutralização. Note-se que os nomes se mantêm, assim como o da própria o.blaat, porque à invisibilidade está inerente a presença. Gaze é, portanto, um conjunto de reflexões informais sobre modos de o som se fingir estéril. Numa primeira abordagem pode parecer difÃcil, mas a persistência traz compensações – é só reordenar a ordem de fruição dos sentidos.
Sérgio Gomes da Costa