“Là Où Je Dors” reviewed by Y

Sabe-se da importância da palavra poética enquanto factor de indução de imagens. Desta conjugação Tudela faz surgir drones das quais vão emergindo batidas de “ambient tecno”, cortadas por arranhões nos locais mais extravagantes da rede sónica, efeitos de “delay” e “phase”, sobreposições, ecos, súbitas eclosões de ruído seguidas de contracções e aspirações. “Là où je Dors” pode ser um complemento dos @C em que o composto sonoro abre mais a janela, deixando antever uma fauna e uma flora não menos monstruosas onde cada aberração é capaz de espantar por uma concepção do Belo que se infiltra como uma doença. Aprovada para uso farmacológico ou para contemplação em estados de consciência alterados. 8|10

Fernando Magalhães

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