“Further Consequences of Reinterpretation” reviewed by Funprox

Like its title suggests it is a further interpretation and reworking of a work called “0.000” that was once released by Japanese artist Nosei Sakata (perhaps better known as *0). The original work of Sakata contained no audible sounds, and was therefore ideally open for interpretation. The work was “remixed” and reworked by a score of other artists, and then Marc Behrens decided to rework all of this material again. Then Raposo joined in, and everything got reworked again.

The result is a work of minimal, and sometimes noisy bits of sound that could be either organic or electronic. The sounds form a sort of minimal soundscape of seemingly random bits and pieces, that actually works quite well. It is a nice piece of extremely minimal experimental music that is really quite entertaining to listen to.

TD

“Product 02” reviewed by Vital

experimental bands and now does audio-visual work. He works with computer processed sound and field recordings. Much to my surprise, the main instrument being fed into the computer is the guitar, which is rather joyfully being processed in the first work ‘Tropical Agent’, which are nine tracks in total.

In a strange the music is rather uplifting. In ‘Ears In Water’, five tracks, the mood is a bit darker, introspective. The guitar might be there too, but maybe not. These tracks are also a bit more minimal (…) there are certainly some nice tracks to be found here.

FdW

“Product 02” reviewed by Blitz

Aqui, a primeira parte é ocupada com “Tropical Agent”, título que nos remete logo para os campos do romance policial. O resto da sugestão é dado pelos títulos dos temas, tais como “Silent Siren”, “Guitar String / Empty Streets”, “Flat tire at the dead sea” ou “Triggers of Violence”. Escutados, são registos bem menos lineares do que isso. São percursos por texturas com as pontas dos samples frias, vigiados por um rumorejar constante. A cada faixa um latejar próximo da insónia, em deturpação lenta, como reminiscências de ecos. Não são paisagens oníricas porque a adrenalina não deixa, não são progressões dinâmicas porque o torpor é excessivo. Fica-se entre a familiaridade e a estranheza, numa terra próxima do que a ambiguidade permite. É desse enclave que o negrume nos crepita.

A segunda parte do disco chama-se “Ears in water”, o que não significa transição pronunciada. Por o método ser semelhante também a atmosfera é próxima de “Tropical Agent”. Começa em estado de perturbação cândida, quase melódica (“Vista Plain”), passa por um spoken word monossilábico (“Girl in water”), ruma à abstracção (em dois temas apropriadamente sem título), e termina na sugestão instrumental de “Piano”. Também esta é uma sequência belíssima, num dos discos mais acessíveis da Crónica — talvez por ter uma maior intervenção orgânica, cortesia de sons instrumentais ou informais. (7/10)

Sérgio Gomes da Costa

“Further Consequences of Reinterpretation” reviewed by Rui Eduardo Paes

Músico electroacústico e videasta com formação em filosofia e cinema, Paulo Raposo está em fase de particular afirmação. Vimos recentemente o espectáculo intermedia que idealizou com base num texto de Raul Brandão, «Húmus», e com as colaborações de Carlos “Zíngaro” e do actor António Saboga, e assistimos às suas manipulações vídeo no espectáculo «Senso», do já referido “Zíngaro”, estreado em Novembro passado – seguem-se agora três discos de uma assentada, cada qual mais entusiasmante do que os outros. «Turning Point» é o seu primeiro solo, ainda que integre algumas passagens da gravação de um concerto em trio com Jason Khan e Carlos Santos, na ZDB de Lisboa, sendo o mais orgânico e profuso, em termos sonoros, de todos eles. «Insula Dulcamara» é a tão esperada continuação discográfica do projecto Vitriol, estreado com «Randonée 0.06», ainda que o nome do duo tenha caído. E se aquele outro trabalho nos revelou uma abordagem despojada e minimalista (que não minimal) da síntese granular, este faz maior uso de “field recordings”, estabelecendo ao longo da sua duração uma atmosfera que reconhecemos mas não podemos identificar – só um exemplo: o que parece ser a espuma das ondas do mar a desfazerem-se sobre a areia teve, na verdade, origem no ruído do vento entre as ramadas das árvores, captado pelos microfones de Raposo e Carlos Santos e por eles manipulado. «Further Consequences of Reinterpretation», por sua vez, foi criado de parceria com o alemão Marc Behrens, tendo como base materiais fornecidos por Nosei Sakata (sons fora do alcance do ouvido humano) e trabalhados em cadeia por uma série de nomes da nova electrónica – Taylor Deupree, Hsi-Chuang Cheng, Aube, Richard Chartier, Akira Rabelais, John Hudak, Bernhard Gunter e Steve Roden – antes de a eles chegarem. Poucas vezes se fez nesta área tanto uso de dinâmicas e é isso, sobretudo, que conquista as atenções nesta “reinterpretação”.

Rui Eduardo Paes

“Further Consequences of Reinterpretation” reviewed by Urban Mag

Paulo Raposo is de man achter het Portugese experimentele Sirr.ecords. ‘Further Consequences of Reinterpretation’ is een verregaande samenwerking met de experimentele muzikant Marc Behrens.

Het idee voor de cd kwam oorspronkelijk van de Japanse minimale geluidsartiest Nosei Sakata of *0. Diens cd ‘0.000’ bevatte geluid dat buiten de menselijke gehoorgrens lag. Dus kreeg je een album in handen, waarop eigenlijk niks stond. Sakata vroeg aan een keure van experimentele artiesten om een remix te doen van zijn cd. Die dubbelaar werd ‘*0-0.000remix-Inflation’ gedoopt. Toen Behrens de cd in handen kreeg, besliste hij om het procédé nog verder te voeren en om het remix-materiaal van Taylor Deupree, Hsi-Chuang Cheng, Aube, Richard Chartier, Akira Rabelais, John Hudak, Bernhard Günter en Steve Roden nogmaals te reconstrueren. Toen Raposo het materiaal op zijn beurt in handen kreeg, besloot hij om het procédé nogmaals verder door te voeren en er nogmaals een herinterpretatie van te maken. De exploten van Behrens en Raposo kwamen dan terecht op de gezamenlijke cd ‘Further Consequences of Reinterpretation’. De cd bevat 23 korte stukken, waarin schijnbaar niks en alles tegelijkertijd gebeurt, alsof je in een microcosmos vertoeft van snel wegflitsende en kregelige elektronische sounds. Alleen voor diehards!

“Product 02” reviewed by Sonomu

I wish more laptop electronica so readily betrayed its human origins as this CD, emananting warmth from the zeros and ones, however paradoxical that sounds.

This reviewer first encountered Ran Slavin in the role of remix artist on Walking in Jerusalem by Random Inc. (aka Sebastian Meissner).

His CD is the second installment in Crónica’s “Product” series (www.cronicaelectronica.org), on which the Portugese label strives to release two longer pieces per release (harkening back to the heyday of split vinyl), as well as inviting an independent artist to do the graphics – in this case, executed with élan by “Jew Boy”, or Yaron Shin who, like Slavin, hails from Tel Aviv.

Slavin´s pieces are indeed warm and human, mildly reminiscent of Fennesz. The soundscapes are alien and nostalgically inviting at once, betraying something of the rumble, whispers and small intrusions of daily life.

Though the process is the thing – abstract computer and field recordings – guitar seems to be the prime conventional musical instrument being fed into the mix, indeed ocassionally emerging to lend something almost akin to melody to a piece.

Both “Tropical Agent” and “Ears in Water” are interesting and innovative works by a performer I personally look forward to hearing much more from. Until his next solo release, the eager listener can still his or her impatience by checking out several tracks on Bizz Circuit´s (another Meissner pseudonym) Intifada Offspring.

Stephen Fruitman

“Product 02” reviewed by Black

Doch genug zu Äußerlichkeiten, es ist ja auch noch Musik auf der CD: Der erste Teil des “Produkts” steht unter dem Namen “Tropical Agent” und besteht größtenteils aus bearbeiteten Samples, die mich ein wenig an mediterrane Gitarren erinnern. Das Puzzle aus diesen Fragmenten wird noch durch ein paar digitale Glitches umrahmt, so dass eis recht ruhiges und ausgeglichenes Gesamtwerk entsteht.

Der zweite Teil “Ears in Water” verbreitet eine ähnliche grundstimmung, nur scheinen heir eher synthetische Flächen, glitches, dezentes Rauschen, zertückelte Vocals und ein paar Random-Sounds in Vordergrund zu stehen. Alles in allem der perfekkte Soundtrack für einen Samstag Vormittag, der sich nicht entscheiden kann, zum Samstag Mittag zu werden.

“Further Consequences of Reinterpretation” reviewed by Bad Alchemy

Ausgangspunkt dieser Konzeptsequenz war die CD 0.000 von Nosei Sakata. Die enthält überwiegend Töne, die vom menschlichen Ohr nicht wahrgenommen werden können. Die Prämisse, dass man Alles quasi aus Nichts erschaffen kann, führte, indem sich Elektroniker wie Aube, Behrens, Richard Cartier, Hsi-Chuang Cheng, Bernhard Günter, John Hudak oder Steve Roden demiurgisch zu schaffen machten, zur Doppel-CD *0-0.000remix – Inflation. Behrens & Raposo, die bereits für das Design des portugiesischen Sirr-Labels zusammen gearbeitet hatten, drehten die Schraube noch eine Windung weiter mit einigen Runden Audio-Pingpong, deren Ergebnis sie am 21.3.2003 im Auditorium des Goethe-Institutes in Lissabon präsentierten. Die CD enthält nun eben diesen Reinterpretations-Schritt, der ein Schnitt ist durch Geschichte als etwas, das geschichtet ist. Eingeschmolzenes Material ist darin abgelagert, wenn auch wiederum für das menschliche Ohr nicht hörbar. Solche Audiokonzeptkunst gleicht etwa jener versenkten Stelle, die sich dem Auge bis auf den abschließenden Betondeckel entzieht. Der bei Raposo & Behrens hörbar bleibende ‘Denkanstoß’, die spröd-abstrakte Kleinteiligkeit von 21 Icons mit diskreten Granulationen und Variationen von zuckendem Tickern, das an die Klappertassen von Achim Wollscheid erinnert, schubst mich mit steifem Documenta-Finger vom Grau-in-Grauen ins zunehmend Blässlich-Trübe.

“Product 02” reviewed by Ikonen

Das Portugiesische Label Cronica hat sich seit einiger Zeit einen Namen mit konzeptionellen Veröffentlichungen experimenteller Musik gemacht. In der Reihe ‘Product’ werden jeweils zwei Werke eines oder verschiedener Künstler vorgestellt und zugleich miteinander konfrontiert. Dabei wird auch auf die gesplittete Formatierung der klassischen Schallplatte zurück verwiesen. Jede CD der Reihe ist zudem ausgestattet mit dem exklusiven Artwork eines weiteren Künstlers.

Mit zwei Werken des Komponisten Ran Slavin, “Tropical Agent” und “Ears in Water”, liegt das aktuelle ‘Product’ vor. Das Cover des isrealischen Designers Jewboy Co. (Yaron Sin) verarbeitet Nahaufnahmen des menschlichen Körpers zu imaginären Landkarten und Strukturen, wären die Musik oft fragile Klangkonstruktionen entfaltet, die mit gläsernen und verhallten Klängen ihrerseits Bilder auf eine aukustische Leinwand malen. Slavins Musik erinnert somit gelegentlich an die Ambientmusik der siebziger Jahre, entfernt sich jedoch immer wieder in eigene fragmentiert-rhythmisierte Gefilde. Dabei ist dieser Tonträger immer noch im Bereich des betörend-angenehmen. Die Dekonstruktion gleitet nie in destruktive Eskapaden ab.